Conferências – 05/04/2008

No último dia 29, Belo Horizonte realizou o "Fórum Municipal LGBT: Cidadania e Políticas Públicas" que reuniu cerca de 200 participantes da sociedade civil e do governo, entre eles gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais que, ao lado de importantes aliados heterossexuais definiram propostas que deverão compor um Programa "Minas sem Homofobia" e, posteriormente, levadas à Conferência Nacional LGBT que acontecerá em Brasília.

Amanhã é o dia da Pré conferência Regional da Zona da Mata e Região das Vertentes, em Barbacena. Apesar de convocadas e organizadas pelos governos municipais, estaduais e federal, tem sido graças aos esforços da sociedade civil que as conferências estão acontecendo. O caso de Barbacena não foge à regra e, mesmo na correria, espera-se a presença de cerca de cem participantes, notadamente daquelas cidades onde já existe um movimento organizado como Juiz de Fora, São João del Rey, Barbacena e Cataguases.

É importante que entendamos que conferências não são encontros fechados, exclusivos para os LGBT. Na verdade, elas colocam frente a frente governo e sociedade civil, independente de orientação sexual ou identidade de gênero, debatendo propostas que possam resultar na emancipação efetiva desses grupos vulneráveis, o que interessa a todos os cidadãos que lutam por uma sociedade mais justa.

Anuncia-se como um destaque, a criação das coordenadorias LGBT nos governos municipais e estaduais, a exemplo das já consolidadas coordenadorias da Juventude, Crianças e Adolescentes, Mulheres, Afrodescendentes, Portadores de Deficiência, Idosos, entre outros. Proposta nesse sentido foi aprovada em Belo Horizonte e deverá estar entre aquelas que serão votadas em Barbacena.

Prometem ainda bons debates os princípios que deverão nortear o "Minas sem Homofobia" e após, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, um avanço do "Brasil sem Homofobia" e um dos objetivos da Conferência Nacional que acontecerá de 6 a 8 de junho. Dentre eles, alguns bastante delicados, tanto para municípios, como Estados e o próprio governo federal que têm demonstrado sérias dificuldades em lidar com a laicidade do Estado e a participação da sociedade civil no seu controle social. Quem viver, verá.

Camisinha sempre!