sábado, 12 de abril de 2008

Vitórias de bastidores - 12/04/2008

Remadores da Warwick University posam nus em campanha contra a homofobia.

Um contingente enorme de cidadãos entendeu que seus direitos sexuais são também direitos humanos
Sempre desconfiei que existem homossexuais nas empresas, no governo, na imprensa, que, independente de integrarem o movimento organizado, fazem um trabalho surdo de bastidores que acaba trazendo vitórias históricas importantes, depois comemoradas e absorvidas por todos nós.
Não são poucas as empresas que passaram a considerar os companheiros de seus empregados homossexuais como dependentes ou incluí-los em seus planos de benefícios, apesar de nunca terem recebido sequer uma correspondência de nenhuma ONG reivindicando isso.
Lembro que, em 2003, quando o Brasil apresentou formalmente uma Resolução no Conselho de Direitos Humanos da ONU tratando de Direitos Humanos e Orientação Sexual, o movimento LGBT organizado foi surpreendido.
Aparentemente, alguém se aproveitou de uma oportunidade que logo passou a ser bandeira de luta de todos e se tornou uma das mais importantes nas organizações que se dedicam a interagir com outros países na garantia dos direitos LGBT. Dentro ou fora do armário, estamos em toda parte.
Abertamente, ou na surdina, assistimos grandes vitórias sendo conquistadas em instâncias que sequer foram aventadas pelo movimento LGBT, e que, seguramente, partiram da ação isolada de gays e lésbicas que, ao contrário de negociar uma garantia de direito individual, um jeitinho para o seu caso particular, estendem essas negociações a toda nossa comunidade.
É claro que é a esses gays, lésbicas, travestis e transexuais que as ONG se dirigem em seus folhetos, discursos, nossas paradas e o objetivo é esse mesmo: que se identifiquem com essas bandeiras, que abram suas cabeças e corações, deixem de ser meros espectadores e engrossem o caldo dessa luta que é de todos.
O que podemos concluir é que está dando certo. Não são só as ONGs que estão lutando, mas um contingente enorme de cidadãos que entendeu que seus direitos sexuais são também direitos humanos.
Quando lemos uma matéria correta e positiva tratando das questões LGBT nos jornais, imagino alguém se valendo dessa chance para colaborar como movimento organizado. Infelizmente, ainda existem aqueles que, ao contrário, veem nisso uma apropriação indevida de algo que deveria ter partido de uma ONG e se manifesta com nariz torcido e despeito.
Camisinha sempre!

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