Tenho pensado muito sobre a covardia dos conservadores. Nada
justifica tanto medo de mudanças, a não ser a vida boa de hoje; assim, do jeito
que está. Será mais difícil manter o poder pela força ou pela promessa de
soluções milagrosas para os problemas, numa sociedade aberta às diferenças e
disposta a acolher a diversidade da natureza humana. Pois, é isso que eles
temem. Os conservadores estão no poder, mas conhecem sua fragilidade e o risco
de perdê-lo. Medo de largar o osso, medo do novo, do desconhecido.
Conservadores sempre
existiram, mas não foi graças a eles que chegamos onde estamos. Nossos
navegantes não tiveram medo de buscar o novo e chegaram aqui desafiando o
desconhecido. Enquanto avançamos em descobertas que vão do controle do fogo ao
deslocamento do centro do universo; da penicilina à reprogramação genética de
bactérias, os conservadores ainda acendem suas fogueiras-fortalezas que matam e
retardam o avanço natural da inteligência coletiva, com base em tabus sexuais e
no desrespeito às diferenças.
E é através principalmente
do poder político e do controle dos meios de comunicação que eles nos induzem a
acreditar que são nossas as suas causas, que são nossos os seus interesses. Um
processo retroalimentado permanentemente por um discurso elementar que sustenta
a fragilidade de uma ideologia que naturalmente tende a fenecer. Os
conservadores são covardes e por isso gritam e vociferam contra os que defendem
seu direito a novos tempos, novos conceitos, uma nova ordem social.
Dias antes da Marcha contra
a Homofobia em Brasília, a Câmara dos Deputados convocou uma audiência pública
para discutir o Estatuto da Família. Entre os convidados com direito a voz
estavam de um lado defensores das famílias homossexuais, e do outro, religiosos
fundamentalistas.
Enquanto representantes da
Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, lideranças do movimento e notáveis
apresentavam o retrato da homofobia brasileira, com pesquisas e dados
estatísticos, os religiosos bradavam blasfêmias e ofensas de efeito, num
evidente afronta aos direitos humanos dos cidadãos homossexuais. Dentro do
Congresso Nacional, o Legislativo brasileiro se sujeitou à dominação e ao
desrespeito promovido pelos evangélicos. É preciso mudar essa lógica. Não faz
mais sentido garantir privilégios a quem desconsidera a nossa constituição,
incita a violência e promove uma sociedade de castas.
Camisinha sempre!
Oswaldo, darling,
ResponderExcluirA luta há que ser intransigente, constante e ferrenha contra os conservadores, fundamentalistas, homofóbicos e qualquer outro adjetivo que couber e puder identificar um opositor dos direitos humanos.
Todos são farinhas do mesmo saco: Malafaia, Edir Macedo, Papa Bento XVI com todos o clero católico conservador et caterva.
Contra eles não há qualquer possibilidade de acordo, salvo se houver risco deles perderem dinheiro. Por isto que defendo uma campanha de extinção da isenção tributária para igrejas que violam os direitos humanos, travestidos de fé religiosa.
A pedofilia e a efebofilia do clero precisam ser expostom à exaustão, assim como a carinha dos padres abusadores, e incitar a prisão imediata de todos pedófilos.
Assim, pelo menos a pastoral carcerária não vai ter falta de padres para celebrar missas por detrás das grades.
É também necessário mostrar a verdadeira face destes religiosos todos, e quão deletérias tem sido suas ações discriminatórias. Proibir pastores de pregar homofobia nas televisões, e assim também deixar de cobrar dízimos. Aí sim você vai ver, caro Oswaldo, o desespero que estes mercenários vão ficar.
Vai na paz.