sábado, 5 de junho de 2010

Escola - 05/06/2010


  
Segue-se falando sobre uma educação sem homofobia. Uma mudança revolucionária nas escolas, onde as diferentes orientações sexuais sejam respeitadas e compreendidas. Uma escola que deixe de entregar a responsabilidade pela ausência da abordagem do tema homofobia à falta de intimidade dos profissionais de educação com o assunto. Esses, ignorantes e desinteressados, livram-se aliviados da "batata quente" e lavam suas mãos diante do bulling homofóbico.

Na verdade, as escolas têm se abstido de tratar de qualquer tema que fuja à cultura hegemônica, não só no que diz respeito à sexualidade, mas também à inclusão de outros aspectos que compõem a nossa salada cultural. Enquanto alguns professores preferem não reconhecer e conviver com as contradições de seus alunos, na maioria das vezes em função de suas próprias inseguranças, outros relutam em aceitar que determinados assuntos espinhosos sejam ignorados e fiquem de fora dos debates escolares por uma falha na capacitação profissional de nossos educadores.

Assim, uma escola sem homofobia não empurra o assunto para debaixo do tapete. O aluno homossexual não quer ser tratado como um igual, na medida em que possui características que o diferencia de seus colegas. Mas, quer que suas especificidades façam parte do repertório de sua sala de aula; que suas dúvidas possam ser esclarecidas num ambiente de acolhimento; e que sua inclusão na escola signifique mais que a garantia de um nome social na lista de chamada, mas sua emancipação como um aluno-cidadão, dotado de direitos que precisam ser respeitados.

Ao contrário do que se pratica, as escolas, ao buscarem contemplar toda a pluralidade, não podem se tornar um ambiente asséptico, que ignora as diferenças e desconsidera tudo que foge ao padrão heterossexual. Ao contrário, uma escola que emancipa busca tecer uma colcha de retalhos que contempla a todos e traz para a sala de aula aspectos que dizem respeito às diferenças de cada um de seus alunos.

Não se admite mais uma educação baseada em cartilhas e fórmulas matemáticas rotulantes para classificar os alunos, como um "check list" no qual estudantes são enquadrados, principalmente por suas características sexuais. Aí sim, a partir dessa lógica, o preconceito determina a forma como os homossexuais se incluem - ou se excluem - na comunidade escolar e o quanto isso determina a garantia ou não de seus direitos.

Camisinha sempre!


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