O retorno que recebo até hoje pelo meu depoimento na novela
"Viver a Vida" é sempre positivo. É claro que os homofóbicos fizeram
suas piadas e destilaram seu preconceito, mas, entre os racionais, a polêmica
não foi tão a fundo: Ana Alice se admirou positivamente por eu ter tratado
Marquinho por "meu marido" e o Irineu, que é casado há 16 anos com
outro homem, não gostou: "... acho tão ou mais conveniente ‘meu
companheiro’". Conveniente para quem, Irineu? Talvez para aqueles que
ainda se incomodam com o fato de dois homens viverem casados, o que vai além de
um simples companheirismo, convenhamos. Como disse recentemente o
estilista-militante Carlos Tufvesson: "Como posso chamar de amigo o homem
com quem sou casado há 15 anos?".
Fora isso, as manifestações
foram de emoção, de espanto ao me reverem de forma tão inusitada, de
identificação com a história a que assistiram e, principalmente, os votos de um
desfecho feliz para o que ainda não terminou. Caso você não tenha visto, ainda
é possível assistir pela internet (em
https://www.youtube.com/watch?v=wVyHziTlU9A).
Entre os e-mails recebidos,
muitas mães de homossexuais, incentivadas pelo alerta da querida Edith Modesto,
fundadora do GPH - Grupo de Pais de Homossexuais -, associação que agrega e
orienta pais e mães de gays e lésbicas em todo o Brasil (www.gph.org.br). Os
depoimentos dessas mães provavelmente superam o meu:
Silvana Machado: "Fico
particularmente satisfeita quando vejo modelos positivos divulgando que
homossexualidade não é sinônimo de anormalidade. (...) Foi muito bom!".
Clarice Cruz: "(...)
nunca tive problemas em aceitar meu filho; meu único sofrimento é saber que
ainda exista muito preconceito".
Ângela Moysés: "O seu
depoimento foi um incentivo aos jovens para que vivam sua orientação sexual,
para que sejam quem realmente são, sem disfarces, sem subterfúgios, sem
armários".
Cristina Sábata:
"Fiquei muito emocionada e muito feliz também ao ser veiculada, em horário
nobre e em cadeia nacional, mensagem tão bonita e positiva quanto a sua!".
Adriana Novak: "Achava
que essa história de ser homo era coisa de má companhia, influência de amigos.
Hoje minha filha está com 15 anos, consegui reconquistá-la e respeitar o seu
amor".
Cristina: "Obrigada por
sua mensagem, pois iniciativas como essa ajudam muito para que as pessoas sejam
levadas à reflexão e que mais caminhos se abram perante a sociedade rumo à
aceitação da diversidade sexual de forma natural e respeitosa!".
Camisinha sempre!
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