sábado, 1 de maio de 2010

Apoio de Mãe - 01/05/2010


O retorno que recebo até hoje pelo meu depoimento na novela "Viver a Vida" é sempre positivo. É claro que os homofóbicos fizeram suas piadas e destilaram seu preconceito, mas, entre os racionais, a polêmica não foi tão a fundo: Ana Alice se admirou positivamente por eu ter tratado Marquinho por "meu marido" e o Irineu, que é casado há 16 anos com outro homem, não gostou: "... acho tão ou mais conveniente ‘meu companheiro’". Conveniente para quem, Irineu? Talvez para aqueles que ainda se incomodam com o fato de dois homens viverem casados, o que vai além de um simples companheirismo, convenhamos. Como disse recentemente o estilista-militante Carlos Tufvesson: "Como posso chamar de amigo o homem com quem sou casado há 15 anos?".

Fora isso, as manifestações foram de emoção, de espanto ao me reverem de forma tão inusitada, de identificação com a história a que assistiram e, principalmente, os votos de um desfecho feliz para o que ainda não terminou. Caso você não tenha visto, ainda é possível assistir pela internet (em https://www.youtube.com/watch?v=wVyHziTlU9A).

Entre os e-mails recebidos, muitas mães de homossexuais, incentivadas pelo alerta da querida Edith Modesto, fundadora do GPH - Grupo de Pais de Homossexuais -, associação que agrega e orienta pais e mães de gays e lésbicas em todo o Brasil (www.gph.org.br). Os depoimentos dessas mães provavelmente superam o meu:

Silvana Machado: "Fico particularmente satisfeita quando vejo modelos positivos divulgando que homossexualidade não é sinônimo de anormalidade. (...) Foi muito bom!".

Clarice Cruz: "(...) nunca tive problemas em aceitar meu filho; meu único sofrimento é saber que ainda exista muito preconceito".

Ângela Moysés: "O seu depoimento foi um incentivo aos jovens para que vivam sua orientação sexual, para que sejam quem realmente são, sem disfarces, sem subterfúgios, sem armários".

Cristina Sábata: "Fiquei muito emocionada e muito feliz também ao ser veiculada, em horário nobre e em cadeia nacional, mensagem tão bonita e positiva quanto a sua!".

Adriana Novak: "Achava que essa história de ser homo era coisa de má companhia, influência de amigos. Hoje minha filha está com 15 anos, consegui reconquistá-la e respeitar o seu amor".

Cristina: "Obrigada por sua mensagem, pois iniciativas como essa ajudam muito para que as pessoas sejam levadas à reflexão e que mais caminhos se abram perante a sociedade rumo à aceitação da diversidade sexual de forma natural e respeitosa!".

Camisinha sempre!


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