A partir da semana que vem, essa coluna deixará de ser publicada no Magazine de O TEMPO. No momento em que completa 15 anos, o jornal entendeu que já não fazem mais sentido suas colunas temáticas, GLS e Blequitude. A princípio pensadas para garantir a abordagem de temas como a luta dos gays e dos negros ao menos uma vez por semana nas páginas do jornal, perdem o sentido quando passam a ser incorporados pelas outras editorias e se tornam pautas diárias.
Em 2007, quando fui convidado a assumir a titularidade da coluna GLS, entendi que assumia a tarefa de falar sobre homossexualidade para a população em geral, gay ou não. O TEMPO não é um jornal LGBT e a grande maioria de seus leitores não são homossexuais. O desafio seria, portanto, aproveitar esse espaço e desmistificar o cidadão gay e todos os estereótipos construídos em anos de cultura homofóbica e machista. Ao mesmo tempo, a coluna deveria conversar com os homossexuais e atraí-los para o debate.
Assim, falei de tudo: contei minhas histórias, dos amigos, da família. Tive a oportunidade de debater o casamento gay, os assassinatos e a criminalização da homofobia, as novelas, as propagandas e os escândalos. Pude aplaudir as iniciativas inclusivas, as vitórias do movimento LGBT, a mobilização das paradas. Conversamos sobre aids, sobre camisinhas, sobre juventude, filhos, pais, saúde e educação.
Aplaudi o apoio governamental, mas não deixei de criticar as suas artimanhas. Falamos sobre política, sobre comportamento, relações e amor. Com toda essa visibilidade, reencontrei velhos amigos e conquistei novos. Recebi críticas construtivas e outras nem tanto; fui ameaçado de morte e excomungado dezenas de vezes, mas a grande maioria dos que seguiram essa coluna demonstrou respeito. Diante do desafio da tela vazia, me deixei sorrir, chorar e compartilhar o desejo de um mundo menos excludente.
A partir de hoje, os leitores interessados poderão acompanhar meus comentários semanais pela internet, no site http://oswaldobraga.blogspot.com, onde também estão disponíveis todas as 264 colunas publicadas no Magazine.
Gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais ainda são discriminados e demandam atenção especial e políticas públicas específicas que reduzam a homofobia. Porém, é em casa, no seio de seu lar, que aqueles que não são heterossexuais mais sofrem. Espero que esses cinco anos de reflexões semanais tenham ajudado a reduzir a homofobia e a melhorar a vida dos gays mineiros.
Camisinha sempre!
Em 2007, quando fui convidado a assumir a titularidade da coluna GLS, entendi que assumia a tarefa de falar sobre homossexualidade para a população em geral, gay ou não. O TEMPO não é um jornal LGBT e a grande maioria de seus leitores não são homossexuais. O desafio seria, portanto, aproveitar esse espaço e desmistificar o cidadão gay e todos os estereótipos construídos em anos de cultura homofóbica e machista. Ao mesmo tempo, a coluna deveria conversar com os homossexuais e atraí-los para o debate.
Assim, falei de tudo: contei minhas histórias, dos amigos, da família. Tive a oportunidade de debater o casamento gay, os assassinatos e a criminalização da homofobia, as novelas, as propagandas e os escândalos. Pude aplaudir as iniciativas inclusivas, as vitórias do movimento LGBT, a mobilização das paradas. Conversamos sobre aids, sobre camisinhas, sobre juventude, filhos, pais, saúde e educação.
Aplaudi o apoio governamental, mas não deixei de criticar as suas artimanhas. Falamos sobre política, sobre comportamento, relações e amor. Com toda essa visibilidade, reencontrei velhos amigos e conquistei novos. Recebi críticas construtivas e outras nem tanto; fui ameaçado de morte e excomungado dezenas de vezes, mas a grande maioria dos que seguiram essa coluna demonstrou respeito. Diante do desafio da tela vazia, me deixei sorrir, chorar e compartilhar o desejo de um mundo menos excludente.
A partir de hoje, os leitores interessados poderão acompanhar meus comentários semanais pela internet, no site http://oswaldobraga.blogspot.com, onde também estão disponíveis todas as 264 colunas publicadas no Magazine.
Gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais ainda são discriminados e demandam atenção especial e políticas públicas específicas que reduzam a homofobia. Porém, é em casa, no seio de seu lar, que aqueles que não são heterossexuais mais sofrem. Espero que esses cinco anos de reflexões semanais tenham ajudado a reduzir a homofobia e a melhorar a vida dos gays mineiros.