Áureo, personagem gay caricato e pai incidental do filho da amiga Celeste, em Morde & Assopra, novela da Rede Globo |
As novelas da TV nos provocam. Autores, diretores, atores e produtores sempre abordam a homossexualidade e tanto despejam seus preconceitos e equívocos pessoais como prestam um enorme serviço ao debate sobre a convivência pacífica com a diversidade afetivo-sexual.
Muitos brasileiros e brasileiras já choraram diante da tela da TV ao ver um personagem gay se separar do seu grande amor ou se indignaram ao assistir as sempre densas cenas de discriminação contra os homossexuais. Mas essas mesmas pessoas sentiram aversão ou vergonha diante de personagens caricatos, abordagens pejorativas, análises rasas e estereotipadas que em nada contribuem para a melhoria da imagem dos gays e o combate à homofobia.
Os gays das novelas, aliás, têm transitado por todas as vertentes. Quem não se lembra daquele casal gay asséptico, no qual os dois mal se tocavam e pareciam mais amigos que amantes, numa clara apologia ao controle do comportamento dos gays com base em padrões heterossexuais?
Conheço muitos gays que sentem prazer em alimentar a dúvida se são apenas amigos ou mais que isso. São homossexuais que carregam o preconceito contra si mesmos e se envergonham de serem reconhecidos como gays. São os mesmos que não manifestam afeto com seus parceiros e consideram que beijá-lo pode agredir os outros. Como se nosso afeto fosse uma arma.
As novelas já nos mostraram casais gays inter-raciais, inter-geracionais, trogloditas com afeminados, patrões e empregados, rurais e urbanos. E tivemos belíssimas histórias de amor entre lésbicas que, da mesma forma, provocaram reações que variaram entre a simpatia e a torcida positiva, à mobilização popular para pressionar o redirecionamento da história, mesmo que fosse preciso matá-las.
Invariavelmente, nossos folhetins abordam a possibilidade de reversão da homossexualidade. Sempre existe uma mãe que quer arrumar uma mulher para "corrigir" o filho, ou uma amiga legal que se apaixona inesperadamente pelo amigo gay ou relações heterossexuais improváveis como resultado de bebedeiras ou alucinações. Por trás disso, uma mensagem subliminar da possibilidade do seu filho gay, ou sua filha lésbica, deixarem de sê-lo e se renderem à heteronormatividade.
Camisinha sempre!
Muitos brasileiros e brasileiras já choraram diante da tela da TV ao ver um personagem gay se separar do seu grande amor ou se indignaram ao assistir as sempre densas cenas de discriminação contra os homossexuais. Mas essas mesmas pessoas sentiram aversão ou vergonha diante de personagens caricatos, abordagens pejorativas, análises rasas e estereotipadas que em nada contribuem para a melhoria da imagem dos gays e o combate à homofobia.
Os gays das novelas, aliás, têm transitado por todas as vertentes. Quem não se lembra daquele casal gay asséptico, no qual os dois mal se tocavam e pareciam mais amigos que amantes, numa clara apologia ao controle do comportamento dos gays com base em padrões heterossexuais?
Conheço muitos gays que sentem prazer em alimentar a dúvida se são apenas amigos ou mais que isso. São homossexuais que carregam o preconceito contra si mesmos e se envergonham de serem reconhecidos como gays. São os mesmos que não manifestam afeto com seus parceiros e consideram que beijá-lo pode agredir os outros. Como se nosso afeto fosse uma arma.
As novelas já nos mostraram casais gays inter-raciais, inter-geracionais, trogloditas com afeminados, patrões e empregados, rurais e urbanos. E tivemos belíssimas histórias de amor entre lésbicas que, da mesma forma, provocaram reações que variaram entre a simpatia e a torcida positiva, à mobilização popular para pressionar o redirecionamento da história, mesmo que fosse preciso matá-las.
Invariavelmente, nossos folhetins abordam a possibilidade de reversão da homossexualidade. Sempre existe uma mãe que quer arrumar uma mulher para "corrigir" o filho, ou uma amiga legal que se apaixona inesperadamente pelo amigo gay ou relações heterossexuais improváveis como resultado de bebedeiras ou alucinações. Por trás disso, uma mensagem subliminar da possibilidade do seu filho gay, ou sua filha lésbica, deixarem de sê-lo e se renderem à heteronormatividade.
Camisinha sempre!
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