sábado, 3 de setembro de 2011

Tim Cook - 03/09/2011



O engenheiro gay Timothy D. Cook, 50, é o novo CEO (chief executive officer) da Apple Inc. Cook assume a árdua tarefa de substituir a genialidade de Steve Jobs, o criador da Mac, dos ipod, iphone, ipad e de uma nova lógica na utilização de recursos de informática no planeta. Jobs se afasta por motivos de saúde.

Mas, sim, o novo presidente da Apple é abertamente gay. Reservado, de poucas falas, Tim Cook traz à tona a discussão sobre a importância ou não de se salientar sua homossexualidade entre as centenas de características pessoais que mereceram destaque em sua apresentação. A reboque, traz a discussão para todos que nos apresentamos como gays e consideramos essa informação fundamental para que o outro tenha uma compreensão correta de quem somos.

Em 2010, Tim Cook ocupou o primeiro lugar na "Out’s Gay Power List", em que a revista "Out" apresenta os gays mais poderosos do mundo. Ao assumir a Apple, Tim Cook desafia o machismo da iniciativa privada e desvincula definitivamente o comportamento sexual de competência profissional e talento.

Não é quem você ama ou com quem você dorme que definem sua capacidade de interpretar o mundo em equações matemáticas ou suas habilidades como executivo de uma grande empresa. Assim como não definem capacidade de liderança, valentia, dedicação, honestidade e caráter.

Ao evitar destacar a homossexualidade de Cook entre as características do novo presidente da Apple, a imprensa comete uma enorme injustiça com todos os gays, pois nunca se preocupou em preservar essa informação quando fomos estampados nas páginas policiais.

Quando o trabalho e a competência de Tim Cook conseguem convencer os acionistas da Apple que ele é, entre todos, o mais confiável e indicado para dirigir a gigante norte-americana da tecnologia digital, fica patente o mérito e a inteligência do executivo, para além de sua orientação sexual. Mas, quando se desconsidera sua homossexualidade, fica de fora uma história de luta que exigiu de Cook muito mais que expertise técnica, uma enorme capacidade de superar as adversidades que o fato de ser gay carrega.

A Apple de Steve Jobs nunca foi muito ligada a programas sociais. Algumas ações isoladas no campo da educação que não evitaram que fosse acusada de dificultar a vida das organizações sem fins lucrativos ao taxar as doações recebidas através de plataformas desenvolvidas para seus iphones.

Espera-se que, com o advento da "era Cook", o gay mais poderoso do mundo tenha olhos para a promoção dos diretos dos gays e o combate à homofobia.

Camisinha sempre!

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