Desde terça-feira, ou mesmo antes disso, toda a mídia gay se
dedica a entender e analisar os acontecimentos que levaram o lutador Marcelo
Dourado a vencer a décima edição do "Big Brother Brasil", avalizando
na TV o que há de pior no homem heterossexual machista. Por que a sociedade
brasileira votou para eleger um homem grosseiro, mal-educado, ríspido,
violento, dissimulado, fingido, antidemocrático e prepotente e outorgou-lhe o
direito de gastar R$ 1,5 milhão consigo mesmo e com os seus?
Como bem disse a
"sister" lésbica mineira Ana Angélica, ao comentar o resultado do
telejogo, "nem sempre a maioria faz a coisa certa". Nós, brasileiros,
sabemos bem disso. De imediato, me ocorre a eleição de Fernando Collor para
presidente do país, um equívoco da maioria, que comemorou a vitória embalada
pelo confisco de sua poupança. Em Minas, o movimento LGBT também conhece esse
sabor: até hoje, amarga uma indicação errada para levar adiante ações de
promoção da cidadania gay no governo do Estado. Acabou presenteando uma pessoa
incompetente com um cabide de emprego improdutivo e mal intencionado.
O conflito escolhido pela TV
Globo para estrelar o "BBB" 10 - a homofobia versus os homossexuais -
acabou revelando o quanto ainda vivemos numa sociedade preconceituosa, que
perdoa a violência, as grosserias, mas não perdoa a diferença. Maior espanto,
muitas mulheres saíram em defesa de Marcelo Dourado, condescendentes com seus
defeitos e suas reações violentas, endossando o machismo e ignorando sua
opressão. De volta à triste polêmica do funk no qual "um tapinha não
dói", "as cachorras" aceitam e se deliciam com o lugar que lhes
é reservado. "Tá tudo dominado!".
A vitória de Marcelo Dourado
nos traz a sensação de um Lex Luthor vencendo o Super-Homem, ou um Pinguim
derrotando o Batman. O vilão vence o mocinho; a guerra, a paz. Não que Dicésar,
Serginho ou Angélica sejam personificações do bem, enquanto Dourado, Lia e seus
asseclas, do mal. Os gays daquela casa muitas vezes mostraram despreparo para a
defesa de seus direitos e pouco conhecimento sobre os meandros das fileiras
contra a homofobia. Apesar disso, souberam nos orgulhar ao se mostrarem
pacifistas, conciliadores, democráticos, por mais que os cortes e remendos das
edições globais sugerissem o contrário.
Por aqui, torcemos muito,
votamos muito e nos envolvemos nos debates provocados pelos programetes
diários. Apesar do final do "BBB" 10, nossa torcida continua para que
o homofóbico Marcelo Dourado se dedique a gastar seu prêmio e evite expor sua
personalidade como um modelo a ser seguido.
Camisinha sempre!
Parabéns pelo texto, li hoje no jornal O Tempo e concordo com tudo oq vc falou.
ResponderExcluirai desculpa, mas nao fale daquilo q vc desconhece..
ResponderExcluirele nao é homofobico, tem seus defeitos, mas é gente, ser humano, que se expos, e nao como alguns que se esconderam por tras de suas militancias gays,mas na verdade eram superficiais,tolos e sem o minimo de indole e ética em um jogo tao aberto.
cabe a cada um de nós avaliar pelo seu prisma, mas sua opiniao que é preconceituosa e arrogante.grata,tania.
Bom querido. Esta é a cultura e a educação de um povo.
ResponderExcluirIfelizmente fatos saõ fatos e com eles que temos que pensar e repensar nossa educação e cultura.
Saudades
Marcelo Mostaro
Caro, tenho pensado nisto. E acredito que a decisão não foi questão de gênero, e sim a questão econômica, ao que parece ele deve ter tido ou terá menos chances interessantes na vida em relação aos demais finalistas. Pois ele teriam "muitas qualidades". Assim é compreensivel a empatia do público com o "anti hérói".
ResponderExcluirAbraços
Fiquei curioso para saber quem é. Desenvolva mais na próxima coluna.;) "Em Minas, o movimento LGBT também conhece esse sabor: até hoje, amarga uma indicação errada para levar adiante ações de promoção da cidadania gay no governo do Estado. Acabou presenteando uma pessoa incompetente com um cabide de emprego improdutivo e mal intencionado."
ResponderExcluirMeu querido, o fato é que pe homossexuais, que se sentem e na realiadde se sentem hostilizados pela sociedade queriam aproveitar o reality show para promover a ascenção da homossexualidade, colocando-a acima de outros valores como caráter, personalidade e dignidade e se aproveitarem tb da sua condição sexual para lhe dar o direito de serem excêntricos e ninguém criticat. Mas as coisas não são assim. O dourado não é homofóbico, mas no seu círculo de amizades a predominância não é de homossexuais, é justamente o contrário. E é só isso!!! Ele não tem repúdio por homossexuais, ele só não tem afinidades com os mesmos. No entanto, é um cara de caráter, fala, promete e honra com suas promessas; mostrou-se leal com os seus amigos, não falar somente por trás, antes ele diz o que pensa na cara, ao contrário de Serginho e Dicesar, o tempo todo; não diz uma coisa e faz justamente o contrário; é arrogante, confesso, mas´sabe ser humilde, ao contrário da BBB Angélica, que mostrou-se o tempo todo arrogante e estúpida. O que prevaleu em Dourado foram esses valores que não só o Brasil, mas como o mundo ainda enaltece.
ResponderExcluirQndo o BBB teve um homossexual sério e com princípios, a população brasileira mostrou não ser preconceituosa e o tornou vencedor do BBB 5
ResponderExcluir(Jean Wyllys), agora neste BBB, nenhum homossexual tinha mais principios que o Dourado, o cara era rustico sim, mas num é por que você é meigo que você vai querer que todos sejam, quem não soube respeitar as diferenças foi você. Não me venha com esse papo que os gays são pacivistas, conciliadores e democraticos, e os heteros são arrogantes, homofóbocos e antidemocraticos. No BBB 5, o Jean mereceu e levou, no BBB 10 foram mesquinhos e perderam feio, a população pode ser humilde, mas não é burra!!!