sábado, 16 de julho de 2011

Estudantes - 16/07/2011




Em Goiânia, no 52º Congresso Nacional da UNE. Cerca de 5.000 estudantes, a grande maioria universitários, estão envolvidos em quatro dias de atividades que irão culminar na eleição da nova diretoria da histórica instituição, tradicional fábrica de líderes políticos e porta de entrada para a trajetória de alguns dos grandes nomes do Congresso Nacional.

Paralelo a discussões, oficinas, arranjos, equilíbrio de tendências e articulações, um significativo aparato de tendas e barracas estão montadas no local, onde dividem espaço organizações políticas, órgãos governamentais e não-governamentais, vendedores de artesanatos, churrasquinhos e cervejas.

É a praça da pausa e, muitas vezes para alguns, a oportunidade de expor suas idéias, num evento onde todos esperam a oportunidade de falar e poucos têm acesso aos poucos microfones.

No estande do Ministério da Saúde, além da distribuição de cerca de 10 mil preservativos, folhetos informativos sobre DST e Aids e do trailer "Quero Fazer", onde os jovens podem se testar para o HIV, um microfone aberto convida ao debate sobre a importância do envolvimento da juventude universitária na promoção do respeito à diversidade e no combate à homofobia, um dos principais fatores de vulnerabilidade dos gays e outros homens que fazem sexo com homens, principalmente entre os jovens.

Ao acompanhar a atividade, a primeira conclusão a que se chega é que o assunto atrai os estudantes, a grande maioria com sentimentos de solidariedade e sonhos de um mundo melhor, sem preconceitos, mais justo e mais ético. Além disso, muitas dúvidas sobre prevenção e riscos apontam para a necessidade de se levar mais e melhores informações sobre Aids e DST aos estudantes.

Salta aos olhos o quanto o machismo ainda se encontra enraizado na mentalidade dos rapazes. Alguns não se intimidaram em expor pontos de vistas que se julgavam extintos, como colocar filhos homossexuais para fora de casa, castigos físicos e reação violenta à abordagem de um gay.

Mais lamentável ainda foi perceber o temor e a ansiedade da grande maioria dos jovens durante os 30 minutos que aguardavam o resultado dos testes do HIV. Resultado de muitas imprudências sexuais e dificuldades em adotar o uso regular e constante do preservativo.

Camisinha sempre!

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