Enganam-se
os que pensam que as manifestações LGBTs limitam-se às Paradas do Orgulho. Além
delas, pipocam por todo o país interessantes iniciativas da comunidade
homossexual de tamanhos e cores diferentes.
Em Belém
do Pará, a Festa da Chiquita é uma delas. O "bafão" acontece em
outubro, paralelamente ao Círio de Nazaré, entre uma passagem e outra da
procissão de Nossa Senhora. Em um palco de dois andares ao lado do Teatro da
Paz, gays, lésbicas e travestis se juntam à população para assistir ao
espetáculo que já é promovido há mais de 30 anos por Eloi Iglesias com a
participação das drags locais. Ao som da tecnomelody, "uma inventiva
panaceia de brega romântico antigo, música eletrônica de boate, Jovem Guarda,
sons caribenhos e electro dos anos 90 e 2000", a festa atravessa a noite e
se mistura aos fiéis católicos que rumam à Basílica de Nazaré na procissão
matinal do dia seguinte. A Festa da Chiquita é polêmica desde o início:
combatida pela igreja e adorada pelo povo.
Curioso
também é o Futebol LGBT de Itabirito, em Minas Gerais. A turma organiza um
futebol cheio de graça e atrai milhares de torcedores de todas as tribos.
Lésbicas x lésbicas, gays x gays ou lésbicas x gays, dependendo do número de
times que se formam. Depois do jogo, que atrai mais de 2.000 pessoas, um
churrasco comemora a ocasião e lota o clube da Amiseg de gente bonita, alegria
e paquera. O evento acontece em setembro e é organizado pelo Nerilson Nenê e
seus amigos.
Já em
Florianópolis, em Santa Catarina, é no Carnaval que as coisas acontecem. O Pop
Gay faz a festa da comunidade local e atrai milhares de turistas GLS. Na
segunda-feira de Carnaval, um gigantesco palco montado na praça Tancredo Neves
recebe o concurso de fantasias e as artistas da cena gay e suas performances. O
evento já acontece há 16 anos e é organizado por Tiago Silva, que mescla sua
festa com mensagens sobre sexo seguro, direitos e combate à homofobia. O Pop
Gay reúne mais de 40 mil pessoas no Carnaval catarinense.
Ainda
aqui nas Gerais, em Juiz de Fora, há mais de 30 anos acontece o Concurso Miss
Brasil Gay. Representantes gays de todos os Estados se apresentam transformados
em mulheres exuberantes em trajes típicos e de gala, que encantam as
arquibancadas e mesas do Sport Clube. Um espetáculo recheado de celebridades,
entrecortado por apresentações artísticas dos maiores ícones da cena gay
brasileira. Criado pelo cabeleireiro Chiquinho Motta, acontece sempre no
terceiro fim de semana de agosto.
O Rainbow
Fest, evento político-cultural paralelo ao Miss Gay, completa uma das semanas
LGBT mais fervidas do Brasil.
Camisinha sempre!
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