O movimento LGBT, organizado através de suas associações,
participa do disputadíssimo mercado de captação de recursos, onde as mais
relevantes causas concorrem selvagemente a fatias dos R$ 12 bilhões anuais que
financiam o terceiro setor no Brasil, sejam eles governamentais, da iniciativa
privada ou provenientes de agências internacionais. É com uma parte desses
recursos que nossas ONGs constroem uma imagem positiva dos homossexuais,
derrubam preconceitos, combatem a homofobia, dão assistência aos discriminados
e apoio aos enjeitados buscando assim uma forma de atenuar as injustiças a que
estamos submetidos.
O governo ainda é o principal
financiador do movimento LGBT. Ele se utiliza do apoio a projetos para cumprir
o compromisso de promover políticas públicas voltadas para essa população, uma
vez que as organizações da sociedade civil são reconhecidamente mais eficientes
no alcance direto desse segmento. Os repasses são formalizados através de
editais de seleção e a assinatura de convênios unilaterais, cuja gestão absorve
grande parte das energias das ONGs que, em última instância, deveriam estar
voltadas para sua atividade fim.
Não é fácil ter acesso
a esses financiamentos. Os convênios governamentais impõem condições duras de
serem cumpridas pelos pequenos: não permitem que a diretoria da ONG seja
remunerada; exigem regularidade fiscal, depósito de contrapartidas e o
compromisso de aplicação somente em algumas despesas elegíveis que não incluem
a sua própria manutenção; além de prestações de contas financeiras e de
processos que demandam um conhecimento técnico apurado que poucas
possuem.
E por que a iniciativa privada não financia o
movimento LGBT? Apesar de algumas empresas reconhecerem as benesses de um
balanço social consistente ao final do ano, elas não se mostram preocupadas com
uma causa em si, mas sim no efeito que um apoio possa ter na opinião pública,
em seu superávit e seus negócios. Na verdade, os investimentos no apoio às ONGs
se refletem diretamente nos lucros, uma vez que um balanço social consistente
habilita-as a certificações exigidas para o comércio de produtos nos grandes
mercados internacionais.
Entretanto, o dinheiro da
iniciativa privada se direciona para o apoio a causas unânimes, reconhecidamente
aplaudidas pela totalidade dos consumidores. Nesse contexto, até a defesa de
animais silvestres é mais interessante que os direitos dos homossexuais e
ficamos sujeitos ao controle e às condições impostas pelos governos federal,
estaduais e municipais.
Camisinha sempre!
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