sábado, 2 de agosto de 2008

Rainbow Fest – 02/08/2008


Estamos às vésperas dos dias mais importantes do nosso ano. É na segunda semana de agosto que todas as atenções do mundo gay se voltam para Juiz de Fora, onde acontece o Rainbow Fest. Há dez anos isso se repete e o evento se consolidou como o maior evento turístico de Juiz de Fora, extrapolando os muros dos guetos gays e envolvendo toda a cidade, de 13 a 17 de agosto, sem absolutamente nenhum preconceito.

Apesar da tradição, não é fácil para a militância receber anualmente a mesma resposta evasiva de que não existem recursos para colaborar com a realização de um evento interessante, pacífico, com bons atrativos, qualidade, que respeita a cultura local e envolve toda a população na defesa dos direitos dos cidadãos homossexuais. Nem mesmo aqueles que se beneficiam diretamente dos recursos financeiros injetados na economia local se dispõem a investir, como o trade turístico, o comércio e os serviços, acomodados na posição de quem está com todas as suas reservas esgotadas, apoiando ou não a iniciativa.

Mas a tão esperada semana do Rainbow Fest está no ar. É o assunto dos encontros e as notícias se espalham como pólvora: os bastidores do Miss Gay, as novidades, quem vai estar no júri, quem vai passar na passarela, se vai ter passarela, uma vez que, pela primeira vez, o concurso Miss Brasil Gay sai de um ginásio e vai para o Cine Theatro Central, uma joia preciosa incrustada no coração da cidade.

Se por um lado mantém o seu formato concurso, traz uma mudança radical na relação que irá se estabelecer com a plateia, indiscutivelmente uma das atrações de todas as edições passadas. Uma aposta arriscada, atrevida e que pode dar certo.

O Rainbow Fest possui o poder de nos envolver gradativamente, começando na quarta-feira e atingindo seu ápice no sábado da Parada, dia 16 de agosto, quando 100 mil pessoas compartilham a alegria de viver a ilusão de um mundo sem homofobia. Durante toda a semana a população desfruta o direito de viver um Carnaval às avessas, apesar da mesma alegria. Às avessas, pois o que vale é exatamente nos desfazer das máscaras e fantasias para vivermos uma semana de verdades e autenticidade.

Ainda está em tempo de arrumar a mochila e ir para Juiz de Fora viver uma das mais gostosas experiências de cidadania numa cidade acolhedora, preparada para receber o turista GLS, dotada de leis que defendem os homossexuais, onde não precisamos esconder o nosso afeto e onde quem importa se coloca do nosso lado.


Camisinha sempre!

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