sábado, 13 de junho de 2009

Paradas - 13/06/09






Amanhã é dia da Parada de SP, a maior do mundo. A partir das 13h, três milhões de pessoas estarão se confraternizando e defendendo o difícil e pouco comunicativo lema escolhido para esse ano: “Sem Homofobia, Mais Cidadania – Pela Isonomia dos Direitos!Um comboio formado por vinte dos maiores trios elétricos do Brasil estará emprestando seus milhões de quilowatts às mãos plugadas dos DJs e ao singular estilo musical do evento: o “bate-cabelo”, que faz com que a Parada seja tudo, menos parada.

São Paulo abre, de certa forma a temporada anual e em Minas não é diferente. As Paradas Gays já acontecem em mais de 20 municípios e mobilizam cerca de meio milhão de participantes, que vão para as ruas se solidarizar com a luta contra o preconceito. Alem disso, promovem o turismo e injetam importantes recursos na economia local. Aos poucos, vamos conseguindo mostrar o quanto a diversidade pode ser positiva – e lucrativa.

Mas, nem todo mundo pensa assim. O movimento gay foi escolhido como o inimigo número um dos evangélicos, liderados por uma sólida bancada que traçou como meta barrar toda e qualquer lei que possa beneficiar os homossexuais. Sequer a inclusão de nossas datas comemorativas nos calendários oficiais – o que facilitaria enormemente os processos de organização das Paradas; ou o reconhecimento da utilidade pública de nossas organizações – o que amplia as possibilidades de promoção da nossa cidadania.

Assim, parlamentares católicos e evangélicos estão alertas para impedir a criminalização da homofobia, o reconhecimento da união estável, do dia do orgulho gay, do dia de combate à homofobia, a inclusão das Paradas Gays no calendário oficial, ou a aprovação da conhecida “Lei Rosa”, já em vigor em grande parte das cidades mineiras, que garante o respeito aos casais homossexuais nos espaços públicos.

Muitas vezes a truculência religiosa quase chega a vias de fato. Em outubro de 2007, gays e evangélicos se enfrentaram aos gritos na Câmara de Juiz de Fora, por ocasião da votação de projeto de lei que propunha a inclusão da Parada Gay no calendário oficial da cidade. Agora, em Belo Horizonte, por pouco a Câmara de Vereadores não se torna uma praça de guerra, quando proposta semelhante oficializava a Parada Gay da capital.

Amanhã, 3 milhões de pessoas se confraternizarão conosco na capital paulista, nos reconhecendo e quebrando dentro de si esse preconceito que se justifica na tentativa torpe de nos tornar diferentes do que somos e iguais aos mediocres que acreditam em soluções milagrosas para seus problemas.

Camisinha sempre!

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