sábado, 12 de junho de 2010

Parada SP - 12/06/2010




E mais uma vez, como cidadãos gays brasileiros, participamos da maior parada do mundo! Lá estávamos eu e Marquinho, respirando novamente o sabor marcante da manhã de domingo em São Paulo, no dia da Parada do Orgulho LGBT de 2010.

Primeiro, visitamos o Camarote Solidário, iniciativa da Agência de Notícias da Aids, que arrecada alimentos para organizações de assistência a pessoas vivendo com HIV. Depois, o espaço montado pela CADS - Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, da Prefeitura de São Paulo. Ali, em plena avenida Paulista, uma bailarina saudava os convidados com voos suaves e lentos, içada a um imenso balão de gás e ladeada por duas drag queens com vestidos que as tornavam gigantes de mais de cinco metros de altura. Detalhes que revelam como os órgãos de defesa e promoção da cidadania LGBT se constituem parceiros do movimento social quando bem intencionados e administrados com seriedade.

Em sua décima edição, a Parada de São Paulo se tornou o segundo maior evento do Estado em arrecadação de recursos turísticos, perdendo somente para a Fórmula-1. A Parada atrai 400 mil turistas e injeta quase R$ 200 milhões na economia. Ela provoca o reconhecimento de que os homossexuais há muito deixaram de ser vistos como um estorvo para as grandes cidades e consolidaram-se como parte importante na construção do seu progresso. Seja na luta pela garantia dos direitos humanos; ou como propulsores da evolução e modernização dos costumes; ou através da injeção direta de dinheiro nos bolsos de todos os envolvidos com o trade turístico paulistano. Mas, com muita harmonia, alegria e paz, os homossexuais estavam em São Paulo para, além de gastar e se divertir, somar suas vozes ao coro dos descontentes com a pouca garantia de nossos direitos.

A Parada é um excelente negócio. Como a maioria dos eventos turísticos, ela quase não polui e seus lucros já chegam distribuídos. São milhares de trabalhadores que não precisam aguardar o giro da economia para terem acesso ao dinheiro. Ele já chega repartido entre o táxi, o hotel, o restaurante, o vendedor ambulante, os artistas, o comércio em geral. Todos politicamente corretos, preparados para acolher a diversidade de seus visitantes.

No Brasil, já são mais de 200 Paradas. Cada uma com suas características e sua cor local. Todas elas com um potencial enorme de geração de riqueza, represado ainda pela incompreensão e a homofobia. 


Camisinha sempre!




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